Lia passeava com suas palavras quando, de repente, algo caiu bem em cima da sua cabeça, vindo não sei de onde. Eram notas musicais. Mas não entraram pelo ouvido como a música ou o canto dos pássaros... Elas pesaram em seus ombros a ponto de envergarem o seu pescoço. Sim – eram mesmo pássaros. Não havia dúvida. Mas era um canto amargo, triste e cinza como uma prisão. - Prisão? Lia olhou para cima e descobriu – Eram pássaros presos em gaiolas na varanda de um apartamento! Decidida, subiu correndo a escada e bateu na porta. - Toc, toc, toc... - Toctoctoc – mais apressada - TOCTOCTOC – apressada e nervosa. - TOCTOCTOC – apressada, nervosa E BATENDO FORTE. Atendeu um senhor. Não era alto nem baixo. Não era feio nem bonito, Nem gordo nem magro. Era como qualquer um. - Diga menina, o que deseja? - O senhor tem pássaros nas gaiolas? - Ah! Os pássaros. Você os ouviu, não é? É um lindo canto. Gosta? Entre, pode escutar de perto. - Mas eu não quero escutar de pert
Educar cantando, cantar educando.
ResponderExcluirPerfeito, Fátima!